30 de setembro de 2009

911 - Emergência

Teve um dia que eu quis chamar os bombeiros aqui em casa…. até o pediatra do Pietro achou a história estranha, mas, mãe de primeira sempre apronta dessas, ele deve ter pensado. Isso aconteceu quando o pequeno tinha uma semana de vida e fiquei sozinha com ele pela primeira vez. Meu pai estava indo embora e, como era sua segunda viagem de avião (mas pela primeira vez ele iria viajar sozinho), pedi que minha mãe o acompanhasse no aeroporto, para fazer o check-in e acalmá-lo, se necessário. Sendo assim, meus pais e o Má sairam de casa e eu fiquei amamentando o Pietro.

Tudo corria bem até eu trocar o Pietro de peito. Mal ele começou a mamar no segundo seio, já estava brigando com o bico. Sinal que alguma coisa o incomodava. E foi questão de segundos para que ele “golfasse”. E desta vez não foi apenas pela boca, foi pelo nariz também. E não foi pouco, foi muito (leia-se muito algumas gotas, mas para mãe de primeira viagem tudo é um exagero!). Entrei em desespero (sim, toda mãe fresca entra em desespero quando algo de diferente acontece com nossos filhos) por alguns segundos enquanto pensava “quem poderá me salvar?”…. de nada adiantaria ligar para minha mãe ou para o Má, pois eles estariam no trânsito e nada poderiam fazer. Foi então que tive a sensacional idéia de ligar para o Corpo de Bombeiros. Sim, só os heróis de histórias de afogamento de crianças é que poderiam me socorrer nesse meu momento-desespero-mãe-em-pânico.

Saí do quarto do Pietro correndo, derrubando o que estava na frente, chacoalhando o guri, assoprando seu rosto delicado, pedindo para ele chorar (“Pietro, chora pra mamãe, meu filho, chora pelamordedeus!”), enquanto o pequeno esboçava um sorriso no canto da boca. Sim, enquanto eu me desesperava pelo corredor do apartamento em direção ao telefone, Pietro devia estar rindo da minha reação, se pudesse entender o que estava acontecendo.

Cheguei na sala e fiquei ao lado do telefone, pronta para discar para o Corpo de Bombeiros na próxima “golfada” mais radical do Pietro

3 comentários:

Ana Medeiros disse...

Teria feito o mesmo, kkkkk...coisas de mãe de primeira viagem!

A.L. disse...

O Frederico, meu filhotinho, está chegando em breve e eu já imagino quantas dessas passarei com ele ao longo da vida... Minha mãe pagava mico até uns dias atrás, por conta do desespero de mãe que toda mãe guarda no peito, latente. A verdade é que é tão bom tê-los dentro da gente, né?! Sinto saudades desde já...

Acompanho seu blog há bastante tempo, mas só agora tive coragem de escrever!
Um beijo para os dois!

Pri Tescaro disse...

Aninha... depois que o susto passa a gente se diverte! Se fizer algo parecido, me conte.... beijo!
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Ninna, enquanto estão na barriga é tudo mais fácil. Depois que nascem é que o bicho pega! Mas vale muito a pena. Acredite!
Ah, volte sempre!!!
beijo